Quem foi
Monsenhor Alexandre
Alexandre Venâncio Arminas nasceu na Lituânia em 02 de dezembro de 1908 e seus pais foram João Arminas e Ana Arminas. Lá fez seus estudos, que continuou por toda a vida. Falava vários idiomas. Na Lituânia trabalhou como vigário cooperador e veio para o Brasil em 1931. Aqui no Brasil foi capelão da colônia lituânia em São Paulo, trabalhou como cooperador da igreja de Santo Antonio, do Pari. Foi redator cooperador da igreja São Cristóvão no Bairro da Luz, também na capital.
Foi em seguida vigário de Joanópolis, onde reformou a Igreja da cidade. Foi para Piracaia, onde também reformou a Igreja, sendo depois transferido para Itapecerica da Serra.
A arquitetura foi, durante toda a sua vida, um grande centro de interesse, pois dedicava-se à reforma e construção de igrejas pensando pessoalmente nos efeitos arquitetônicos a conseguir.
Veio para Mauá e foi vigário da Igreja Matriz Imaculada Conceição de 20 de junho de 1954 até 06 de junho de 1975, quando faleceu. Monsenhor Alexandre (como já foi designado mais tarde) deixou em Mauá um grande número de obras. Foi antes de tudo um grande artista e um poeta lituano, considerado hoje como um dos maiores poetas de sua terra. Entre os seus trabalhos em nossa cidade se destacam a Igreja Matriz de Mauá, que é toda revestida de pedras vindas de várias regiões brasileiras, sendo o corredor central revestido de granito vermelho, rocha encontrada aqui em Mauá, e ladeado por granito cinza. Na Igreja Matriz as pedras formam um resumo das rochas encontradas em vários estados brasileiros.
O belíssimo altar foi inaugurado no dia 1º de janeiro de 1958, onde se encontra a imagem da padroeira, toda esculpida em bloco de 5 mil quilos que representa Nossa Senhora Imaculada Conceição esmagando a cabeça da serpente, que engole uma maçã, abaixo as palavras “Sicut Lilium” que significa “Assim como os Lírios”. “Monsenhor Alexandre fundou o primeiro coral Mauaense”, e foi fundador da Banda Imaculada Conceição. Ambos, Coral e Banda são respeitados em todo o Estado de São Paulo como sendo de elevado nível artístico e detentores de grande número de prêmios.
Incansável, ele construiu a casa paroquial e parte da escola que funciona ao lado, que começou com o antigo primário para as crianças do bairro e mais tarde foi seu ideal fazer da escola a primeira escola de Enfermagem da região, originando o Colégio Monsenhor Alexandre Venâncio Arminas.
Ao morrer, suas últimas palavras foram “Diga ao povo de Mauá que os amei até o fim”. Seu corpo foi sepultado inicialmente no Cemitério da Saudade e após cinco anos foi transladado para a Igreja Matriz, onde se encontra sepultado no batistério, num enorme bloco de pedra esculpido, sua última obra.