Volta às Aulas no Colégio Monsenhor Alexandre: 3 pontos importantes que os pais e alunos devem estar atentos!

Volta às Aulas no Colégio Monsenhor Alexandre: 3 pontos importantes que os pais e alunos devem estar atentos!

A volta às aulas pode ser um momento de ansiedade e inquietação, tanto para os pais, como para os alunos.

No caso dos responsáveis, existe toda uma readaptação da rotina e dos horários para a volta das crianças à escola. Para os alunos não é diferente, mas a ansiedade dos pequenos é de reencontrar os colegas de turma, usar o novo material escolar e iniciar mais uma etapa na vida acadêmica.

Para auxiliar as famílias nesta retomada, separamos 3 pontos de atenção que devem ser observados para que o retorno às aulas no Colégio Monsenhor Alexandre aconteça de forma leve e tranquila para todos:

Organização da rotina escolar para nova plataforma educacional

1- Um novo ano letivo se inicia, com novos conhecimentos a serem adquiridos e desafios a serem superados.

Neste ano de 2022, em específico, o Colégio Monsenhor Alexandre traz a grande novidade de um novo sistema educacional que será adotado em todas as turmas da Instituição: o SAS Educação.

Os alunos receberão novo material didático alinhado à Base Nacional Comum Curricular e serão avaliados por novos modelos de exames.

Para auxiliar as crianças a se adaptarem, recomendamos que os pais fiquem por dentro das mudanças que acontecerão durante o ano e que estejam atentos ao processo de adequação dos filhos.

Saiba exatamente qual é a carga horária do seu filho e auxilie-o a organizar uma rotina de estudos desde o início das aulas. Assim ficará mais fácil acompanhar o material e memorizar e assimilar cada conteúdo novo durante o ano letivo.

O horário das aulas pode ser visualizado na AgendaEdu e também em nosso site.

Aproveite e programe também os horários das aulas complementares e das aulas alternativas que continuam a fazer parte da rotina estudantil para a formação completa dos alunos.

2- Adquira novas peças de uniformes, ou troque suas peças antigas

O Colégio Monsenhor Alexandre determina o uso obrigatório de uniformes pelas crianças. No caso de alunos veteranos, é possível trocar as peças que não servem mais, por peças usadas de outros tamanhos, através do “Empório de Trocas“.

Para alunos novos, ou mesmo aqueles que não queiram realizar a troca de uniformes, mas que precisem de peças novas, temos uma loja virtual com diversos tamanhos e modelos de bermudas, blusas, calças, camisetas e saias-calça.

3- Converse com seu filho sobre os protocolos para a Covid-19

 Essa é uma etapa muito importante e essencial para o retorno das crianças: todas devem estar cientes sobre as medidas tomadas pelo Colégio Monsenhor Alexandre para a retomada segura às aulas presenciais.

O protocolo está disponível neste link, para leitura e ciência dos pais e alunos sobre o distanciamento social, higiene pessoal, medidas de comunicação, sanitização de ambientes e outras informações.

Ficou alguma dúvida ou sugestão? Entre em contato conosco através de nossos meios de comunicação.

Conheça o SAS, novo sistema de educação do Colégio Monsenhor Alexandre

Conheça o SAS, novo sistema de educação do Colégio Monsenhor Alexandre

No ano letivo de 2022, o Colégio Monsenhor Alexandre traz uma mudança importante em sua metodologia educacional: o Sistema Ari de Sá será adotado como plataforma de educação para todas as turmas da Instituição.

O sistema SAS está presente em mais de 900 escolas em todo o Brasil, com o objetivo de oferecer soluções completas e integradas para uma educação de excelência desde a Educação Infantil até o Ensino Médio, garantindo o desenvolvimento completo dos estudantes e preparando-os para o mundo.

No mercado da educação desde 2004, o sistema está há 9 anos entre as 8 primeiras escolas no ranking do ENEM e já possui 68 aprovações de alunos no ITA e IME 2020.

Sua proposta inclui livros didáticos alinhados à Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e conteúdos que possibilitam a análise crítica dos estudantes a partir de debates, trocas de conhecimento e experiências socioemocionais, além do incentivo à interpretação e expressão de ideias, o que coloca o aluno como protagonista de sua própria aprendizagem.

A metodologia também oferece novos modelos de avaliações personalizados para cada etapa da vida escolar, com análise de dados e planos de estudos para os professores. Além disso, toda a tecnologia educacional é preparada para que os alunos desenvolvam os seus projetos de vida e estejam capacitados para os melhores vestibulares do país.

O sistema SAS ainda tem serviços voltados a formar e desenvolver professores e gestores, a partir de encaminhamentos metodológicos, orientações didáticas e planos personalizados para o acompanhamento individual dos discentes.

Por fim, as consultorias especializadas também fazem o seu papel e apoiam a Instituição no planejamento do ano letivo com qualidade e antecedência, a partir de orientações personalizadas que promovem maior autonomia do corpo docente.

Os professores e coordenadores do Colégio Monsenhor Alexandre, inclusive, já estão recebendo treinamentos e orientações diretamente com a equipe do SAS para a aplicação do sistema em 2022.

O Colégio Monsenhor Alexandre acredita que esse é um avanço da Instituição a fim de potencializar o ensino e possibilitar aos alunos, cada vez mais, a serem protagonistas de suas próprias histórias e de um mundo mais conectado e diverso.

Entrega de material Arrecadado

Entrega de material Arrecadado

O Colégio Monsenhor com objetivo de promover aos nossos alunos atividades socioeducativas para incentivar a prática de uma cultura de solidariedade e o desenvolvimento de uma consciência planetária.

No dia 11/11 realizou a entrega do material de higiene pessoal arrecadado para a grande obra de Caridade promovida pela VICARIATO DA CARIDADE SOCIAL – DIOCESE DE SANTO ANDRÉ, para doar aos nossos irmãos mais carentes.

Na ocasião tivemos a presença do Pe. André Rodrigues da Silva.

Homenagem de Agradecimento

 

A Gestão Escolar do Colégio Monsenhor, em nome de toda a equipe, agradece imensamente pela linda e espontânea homenagem, tocando tão profundo e sensivelmente os nossos corações.

Que Deus retribua a todos com as Bênçãos do Céu e muita prosperidade. Grato!

Campanha de Arrecadação

Campanha de Arrecadação

Faça já sua doação!

Colégio Monsenhor e Chácara das Flores juntos em prol das crianças em situação de vulnerabilidade social.

Doe cadernos usados, apostilas, livros, agendas, livros escolares, revistas enciclopédias, folhas e gibis.

Você também pode doar materiais escolares em bom estado, mochilas e estojos.

Venha conhecer a Instituição:
Rua Ronaldo de Moura, s/n – Caminho 9 – Chácara 4, 221 – Sítio Bela Vista – Mauá – SP
Tel.: 4511-2711 – WA 96379-4308
www.chacaradasflores.rg.br

Campeão brasileiro ministra aulas de judô para alunos do Colégio Monsenhor

Campeão brasileiro ministra aulas de judô para alunos do Colégio Monsenhor

Os alunos do Colégio Monsenhor Alexandre têm acesso a diversas aulas alternativas gratuitas, que complementam a formação estudantil em áreas diferenciadas, como em aspectos emocionais, sociais, cognitivos e psicomotores.

Uma destas atividades é a prática do judô, ministrada pelo Sensei Jurandir 5º Dan, que orienta os alunos há mais de 6 anos sobre o esporte. Jurandir acumula diversos prêmios no judô: o sensei já recebeu os títulos de campeão brasileiro, campeão paulista, campeão sul-americano (Argentina), campeão pan-americano (Argentina) e campeão internacional (Quebec, Canadá).

Pensando em incentivar a prática do judô pelos alunos, o Colégio Monsenhor realizou uma homenagem às Olimpíadas de Tóquio no Japão e ao Judô Olímpico Brasileiro, esporte que mais conquistou medalhas olímpicas para o Brasil. Desde o ano de 1972 até agora, foram 24 medalhas olímpicas, sendo 4 de ouro, 3 de prata e 17 de bronze.

Para além das formas convencionais de aprendizagem nas salas de aula, o judô atua como um complemento pedagógico: “a inserção do judô na escola é muito importante. Fazemos um trabalho em grupo com essa criança. Ela aprende desde cedo a necessidade do respeito, da empatia e da cooperação. A gente vê uma melhora no desenvolvimento físico, psicológico e social, além da conservação da boa saúde e as melhorias em termos de disciplina”, explica o Sensei Jurandir.

Além dos benefícios sociais, o esporte também evita o sedentarismo infantil e promove o desenvolvimento de força, velocidade, resistência, equilíbrio, agilidade, flexibilidade, pensamento rápido e coordenação motora.

“O principal objetivo do judô é na formação de bons cidadãos. É um esporte que ensina a disciplina e o respeito mútuo, mas também auxilia no condicionamento físico e mental dos praticantes”, completa o Sensei.

Alunos de todas as turmas do Colégio Monsenhor podem realizar as aulas de judô de forma gratuita com o professor e campeão brasileiro Sensei Jurandir. Confira os horários disponíveis:

Segunda-feira

  • 8h20: 2º e 3º anos
  • 10h: 4º e 5º anos
  • 14h: 7° ano ao Ensino Médio
  • 15h40: 5º e 6º anos
  • 18h40: Infantil I e II

Sexta-feira

  • 18h40: 1º ano

 

Doe Lenço, doe Alegria

Doe Lenço, doe Alegria

Participe dessa Ação!

Faça uma paciente oncológica do IBCC Feliz.

Os lenços arrecadados serão destinados ao Banco de lenços da quimioterapia do Hospital IBCC.

A comunidade pode participar desta ação entregando os lenços doados na secretaria do Colégio.

Alunos do Colégio Monsenhor Alexandre se destacam na Olímpiada Nacional de Ciências

Alunos do Colégio Monsenhor Alexandre se destacam na Olímpiada Nacional de Ciências

. Saiba mais!

Monsenhor é o único colégio em Mauá com alunos medalhistas

Dez alunos do Colégio Monsenhor Alexandre receberam destaque na Olimpíada Nacional de Ciências, realizadas em duas fases, nos dias 5 e 6 de agosto, e 3 de setembro.

O aluno Bruno Fernandes Saranti de Souza, do 9º ano do Ensino Fundamental, conquistou a medalha de ouro! Essa já é a segunda medalha de ouro do estudante, que também alcançou a primeira posição na Olimpíada Brasileira de Astronomia.

Já a aluna Beatriz Vitória Neri de Andrade, do 1° ano do Ensino Médio, ganhou a medalha de bronze!

Outros 8 alunos receberam a menção honrosa, concedida àqueles que acertaram pelo menos 50% das questões. São eles:

Caio Zanoncello Vilela – 9° Ano do Ensino Fundamental
Julia Maebata Trinca – 9º Ano do Ensino Fundamental
Lucas Braz Loro – 1º Ano do Ensino Médio
Thallys dos Santos Quiodetto – 1º Ano do Ensino Médio
Melissa Kellen Rodrigues – 1º Ano do Ensino Médio
Gabriela Paezani Vito – 3º Ano do Ensino Médio
Filipe Betfuer Cirillo Rojo – 3º Ano do Ensino Médio
Caio Cézar Domingueti Falco – 3º Ano do Ensino Médio

A primeira fase da ONC foi realizada de forma online, com duração de 2 horas, evolvendo 20 questões objetivas sobre Astronomia, Biologia, Física, História e Química. Já na segunda fase, que durou também 2 horas, os alunos responderam às questões discursivas referentes às mesmas matérias e anexaram suas folhas de respostas no site da ONC.

Os alunos do Colégio Monsenhor Alexandre foram os únicos na cidade de Mauá a conquistarem medalhas! Parabenizamos a dedicação dos estudantes e à equipe de docentes que incentivou as crianças rumo à essas conquistas!

A solenidade de premiação será realizada no dia 27 de outubro.

Campanha Solidária “V Dia Mundial dos Pobres”

Campanha Solidária “V Dia Mundial dos Pobres”

O Colégio Monsenhor tem objetivo de promover aos nossos alunos atividades socioeducativas para incentivar a prática de uma cultura de solidariedade e o desenvolvimento de uma consciência planetária. Assim, convidamos a todos a fazerem parte dessa grande obra de Caridade promovida pela VICARIATO DA CARIDADE SOCIAL – DIOCESE DE SANTO ANDRÉ. Essa Campanha, tem como objetivo arrecadar materiais de higiene pessoal, para doar a nossos irmãos mais carentes.

LISTA DE MATERIAIS DE HIGIENE PESSOAL
  • Absorvente
  • Fralda
  • Shampoo
  • Sabonete
  • Escova de dente
  • Pasta de dente
  • Talco
  • Creme hidratante
  • Cotonete

Toda a arrecadação realizada aqui no Colégio, ATÉ O DIA 05/11, será entregue no endereço abaixo:

Praça do Carmo 36, Centro – Santo André/SP
Tel.: 11 99981-1233 – CNPJ: 57.591.349/0001-62

NÃO DEIXEM DE FAZER SUAS DOAÇÕES, VAMOS AJUDAR QUEM MAIS PRECISA!

 

«Sempre tereis pobres entre vós» (Mc 14, 7)
Carta do Papa

Campanha Solidária “V Dia Mundial dos Pobres”

1. «Sempre tereis pobres entre vós» (Mc 14, 7): estas palavras foram pronunciadas por Jesus, alguns dias antes da Páscoa, por ocasião duma refeição em Betânia na casa de Simão chamado «o leproso». Como narra o evangelista, entrou lá uma mulher com um vaso de alabastro cheio de perfume muito precioso e derramou-o sobre a cabeça de Jesus. Este gesto suscitou grande estupefação e deu origem a duas interpretações diversas.

A primeira delas é a indignação de alguns dos presentes, incluindo os discípulos, que, ao considerar o valor do perfume (cerca de 300 denários, equivalente ao salário anual dum trabalhador), pensam que teria sido melhor vendê-lo e dar o produto aos pobres. Segundo o Evangelho de João, é Judas que se faz intérprete desta posição: «Porque é que não se vendeu este perfume por trezentos denários, para os dar aos pobres?». E o evangelista observa: «Ele, porém, disse isto, não porque se preocupasse com os pobres, mas porque era ladrão e, como tinha a bolsa do dinheiro, tirava o que nela se deitava» (Jo 12, 5-6). Não é por acaso que esta crítica dura sai da boca do traidor: é a prova de que, quantos não reconhecem os pobres, atraiçoam o ensinamento de Jesus e não podem ser seus discípulos. Recordemos, a este propósito, as palavras fortes de Orígenes: «Judas, aparentemente, estava preocupado com os pobres. (…) Se, agora, ainda houver alguém que tem a bolsa da Igreja e fala a favor dos pobres como Judas, mas depois tira o que metem lá dentro, então tenha parte juntamente com Judas» (Comentário ao Evangelho de Mateus 11, 9).

A segunda interpretação é dada pelo próprio Jesus e permite individuar o sentido profundo do gesto realizado pela mulher. Diz Ele: «Deixai-a. Porque estais a atormentá-la? Praticou em Mim uma boa ação» (Mc 14, 6). Jesus sabe que está próxima a sua morte e vê, naquele gesto, a antecipação da unção do seu corpo sem vida antes de ser colocado no sepulcro. Esta visão ultrapassa todas as expetativas dos convivas. Jesus recorda-lhes que Ele é o primeiro pobre, o mais pobre entre os pobres, porque os representa a todos. E é também em nome dos pobres, das pessoas abandonadas, marginalizadas e discriminadas que o Filho de Deus aceita o gesto daquela mulher. Esta, com a sua sensibilidade feminina, demonstra ser a única que compreendeu o estado de espírito do Senhor. Esta mulher anónima – talvez por isso destinada a representar todo o universo feminino que, no decurso dos séculos, não terá voz e sofrerá violências –, inaugura a significativa presença de mulheres que participam no momento culminante da vida de Cristo: a sua crucifixão, morte e sepultura e a sua aparição como Ressuscitado. As mulheres, tantas vezes discriminadas e mantidas ao largo dos postos de responsabilidade, nas páginas do Evangelho são, pelo contrário, protagonistas na história da revelação. E é eloquente a frase conclusiva de Jesus, que associa esta mulher à grande missão evangelizadora: «Em verdade vos digo: em qualquer parte do mundo onde for proclamado o Evangelho, há de contar-se também, em sua memória, o que ela fez» (Mc 14, 9).

2. Esta forte «empatia» entre Jesus e a mulher e o modo como Ele interpreta a sua unção, em contraste com a visão escandalizada de Judas e doutros, inauguram um fecundo caminho de reflexão sobre o laço indivisível que existe entre Jesus, os pobres e o anúncio do Evangelho. Com efeito, o rosto de Deus que Ele revela é o de um Pai para os pobres e próximo dos pobres. Toda a obra de Jesus afirma que a pobreza não é fruto duma fatalidade, mas sinal concreto da sua presença no nosso meio. Não O encontramos quando e onde queremos, mas reconhecemo-lo na vida dos pobres, na sua tribulação e indigência, nas condições por vezes desumanas em que são obrigados a viver. Não me canso de repetir que os pobres são verdadeiros evangelizadores, porque foram os primeiros a ser evangelizados e chamados a partilhar a bemaventurança do Senhor e o seu Reino (cf. Mt 5, 3).

Os pobres de qualquer condição e latitude evangelizam-nos, porque permitem descobrir de modo sempre novo os traços mais genuínos do rosto do Pai. Eles «têm muito para nos ensinar. Além de participar do sensus fidei, nas suas próprias dores conhecem Cristo sofredor. É necessário que todos nos deixemos evangelizar por eles. A nova evangelização é um convite a reconhecer a força salvífica das suas vidas, e a colocá-los no centro do caminho da Igreja. Somos chamados a descobrir Cristo neles: não só a emprestar-lhes a nossa voz nas suas causas, mas também a ser seus amigos, a escutá-los, a compreendê-los e a acolher a misteriosa sabedoria que Deus nos quer comunicar através deles. O nosso compromisso não consiste exclusivamente em ações ou em programas de promoção e assistência; aquilo que o Espírito põe em movimento não é um excesso de ativismo, mas primariamente uma atenção prestada ao outro, considerando-o como um só consigo mesmo. Esta atenção amiga é o início duma verdadeira preocupação pela sua pessoa e, a partir dela, desejo de procurar efetivamente o seu bem» (Papa Francisco, Exort. ap. Evangelii gaudium, 198-199).

3. Jesus não só está do lado dos pobres, mas também partilha com eles a mesma sorte. Isto constitui também um forte ensinamento para os seus discípulos de todos os tempos. As suas palavras – «sempre tereis pobres entre vós» – pretendem indicar também isto: a sua presença no meio de nós é constante, mas não deve induzir àquela habituação que se torna indiferença, mas empenhar numa partilha de vida que não prevê delegações. Os pobres não são pessoas «externas» à comunidade, mas irmãos e irmãs cujo sofrimento se partilha, para abrandar o seu mal e a marginalização, a fim de lhes ser devolvida a dignidade perdida e garantida a necessária inclusão social. Aliás sabe-se que um gesto de beneficência pressupõe um benfeitor e um beneficiado, enquanto a partilha gera fraternidade. A esmola é ocasional, ao passo que a partilha é duradoura. A primeira corre o risco de gratificar quem a dá e humilhar quem a recebe, enquanto a segunda reforça a solidariedade e cria as premissas necessárias para se alcançar a justiça. Enfim os crentes, quando querem ver Jesus em pessoa e tocá-Lo com a mão, sabem aonde dirigir-se: os pobres são sacramento de Cristo, representam a sua pessoa e apontam para Ele.

Temos muitos exemplos de Santos e Santas que fizeram da partilha com os pobres o seu projeto de vida. Penso, entre outros, no Padre Damião de Veuster, Santo apóstolo dos leprosos. Com grande generosidade, respondeu à vocação de ir para a ilha de Molokai – tinha-se tornado um gueto acessível apenas aos leprosos –, a fim de viver e morrer com eles. Lançando-se ao trabalho, tudo fez para tornar digna de ser vivida a existência daqueles pobres doentes e marginalizados, reduzidos à degradação extrema. Fez-se médico e enfermeiro, sem se preocupar com os riscos que corria, levando a luz do amor àquela «colónia de morte», como era designada a ilha. A lepra atingiu-o também a ele, sinal duma partilha total com os irmãos e irmãs pelos quais dera a vida. O seu testemunho é muito atual nestes nossos dias, marcados pela pandemia de coronavírus: com certeza a graça de Deus está em ação no coração de muitas pessoas que, sem dar nas vistas, se gastam concretamente partilhando a sorte dos mais pobres.

4. Por isso precisamos de aderir com plena convicção ao convite do Senhor: «Convertei-vos e acreditai no Evangelho» (Mc 1, 15). Esta conversão consiste, primeiro, em abrir o nosso coração para reconhecer as múltiplas expressões de pobreza e, depois, em manifestar o Reino de Deus através dum estilo de vida coerente com a fé que professamos. Com frequência, os pobres são considerados como pessoas aparte, como uma categoria que requer um serviço caritativo especial. Seguir Jesus comporta uma mudança de mentalidade a esse propósito, ou seja, acolher o desafio da partilha e da comparticipação. Tornar-se seu discípulo implica a opção de não acumular tesouros na terra, que dão a ilusão duma segurança em realidade frágil e efémera; ao contrário, requer disponibilidade para se libertar de todos os vínculos que impedem de alcançar a verdadeira felicidade e bem-aventurança, para reconhecer aquilo que é duradouro e que nada e ninguém pode destruir (cf. Mt 6, 19-20).

Mas o ensinamento de Jesus aparece em contracorrente também neste caso, porque promete aquilo que só os olhos da fé podem ver e experimentar com certeza absoluta: «Todo aquele que tiver deixado casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos ou campos por causa do meu nome, receberá cem vezes mais e terá por herança a vida eterna» (Mt 19, 29). Se não se optar por tornar-se pobre de riquezas efémeras, poder mundano e vanglória, nunca se sará capaz de dar a vida por amor; viver-se-á uma existência fragmentária, cheia de bons propósitos mas ineficaz para transformar o mundo. Trata-se, portanto, de abrir-se decididamente à graça de Cristo, que pode tornar-nos testemunhas da sua caridade sem limites e restituir credibilidade à nossa presença no mundo.

5. O Evangelho de Cristo impele a ter uma atenção muito particular para com os pobres e requer que se reconheça as múltiplas, demasiadas, formas de desordem moral e social que sempre geram novas formas de pobreza. Parece ganhar terreno a conceção segundo a qual os pobres não só são responsáveis pela sua condição, mas constituem também um peso intolerável para um sistema económico que coloca no centro o interesse dalgumas categorias privilegiadas. Um mercado que ignora ou discrimina os princípios éticos cria condições desumanas que se abatem sobre pessoas que já vivem em condições precárias. Deste modo assiste-se à criação incessante de armadilhas novas da miséria e da exclusão, produzidas por agentes económicos e financeiros sem escrúpulos, desprovidos de sentido humanitário e responsabilidade social.

Além disso, no ano passado, veio juntar-se outra praga que multiplicou ainda mais o número dos pobres: a pandemia. Esta continua a bater à porta de milhões de pessoas e, mesmo quando não traz consigo o sofrimento e a morte, todavia é portadora de pobreza. Os pobres têm aumentado desmesuradamente e o mesmo, infelizmente, continuará a verificar-se ainda nos próximos meses. Alguns países estão a sofrer gravíssimas consequências devido à pandemia, a ponto de as pessoas mais vulneráveis se encontrarem privadas de bens de primeira necessidade. As longas filas diante das cantinas para os pobres são o sinal palpável deste agravamento. Um olhar atento requer que se encontrem as soluções mais idóneas para combater o vírus a nível mundial, sem olhar a interesses de parte. De modo particular, é urgente dar respostas concretas a quantos padecem o desemprego, que atinge de maneira dramática tantos pais de família, mulheres e jovens. A solidariedade social e a generosidade de que muitos, graças a Deus, são capazes, juntamente com projetos clarividentes de promoção humana, estão a dar e darão um contributo muito importante nesta conjuntura.

6. Entretanto permanece de pé uma questão, nada óbvia: Como se pode dar uma resposta palpável aos milhões de pobres que tantas vezes, como resposta, só encontram a indiferença, quando não a aversão? Qual caminho de justiça é necessário percorrer para que as desigualdades sociais possam ser superadas e seja restituída a dignidade  humana tão frequentemente espezinhada? Um estilo de vida individualista é cúmplice na geração da pobreza e, muitas vezes, descarrega sobre os pobres toda a responsabilidade da sua condição. Mas a pobreza não é fruto do destino; é consequência do egoísmo. Portanto é decisivo dar vida a processos de desenvolvimento onde se valorizem as capacidades de todos, para que a complementaridade das competências e a diversidade das funções conduzam a um recurso comum de participação. Há muitas pobrezas dos «ricos» que poderiam ser curadas pela riqueza dos «pobres», bastando para isso encontrarem-se e conhecerem-se. Ninguém é tão pobre que não possa dar algo de si na reciprocidade. Os pobres não podem ser aqueles que apenas recebem; devem ser colocados em condição de poder dar, porque sabem bem como corresponder. Quantos exemplos de partilha diante dos nossos olhos! Os pobres ensinam-nos frequentemente a solidariedade e a partilha. É verdade que são pessoas a quem falta algo e por vezes até muito, se não mesmo o necessário; mas não falta tudo, porque conservam a dignidade de filhos de Deus que nada e ninguém lhes pode tirar.

7. Impõe-se, pois, uma abordagem diferente da pobreza. É um desafio que os governos e as instituições mundiais precisam de perfilhar, com um modelo social clarividente, capaz de enfrentar as novas formas de pobreza que invadem o mundo e marcarão de maneira decisiva as próximas décadas. Se os pobres são colocados à margem, como se fossem os culpados da sua condição, então o próprio conceito de democracia é posto em crise e fracassa toda e qualquer política social. Com grande humildade, temos de confessar que muitas vezes não passamos de incompetentes a respeito dos pobres: fala-se deles em abstrato, fica-se pelas estatísticas e pensa-se sensibilizar com qualquer documentário. Ao contrário, a pobreza deveria incitar a uma projetação criativa, que permita fazer aumentar a liberdade efetiva de conseguir realizar a existência com as capacidades próprias de cada pessoa. Pensar que a posse de dinheiro consinta e aumente a liberdade é uma ilusão de que devemos afastar-nos. Servir eficazmente os pobres incita à ação e permite encontrar as formas mais adequadas para levantar e promover esta parte da humanidade, demasiadas vezes anónima e sem voz, mas que em si mesma traz impresso o rosto do Salvador que pede ajuda.

8. «Sempre tereis pobres entre vós» (Mc 14, 7): é um convite a não perder jamais de vista a oportunidade que se nos oferece para fazer o bem. Como pano de fundo, pode-se vislumbrar o antigo mandamento bíblico: «Se houver junto de ti um indigente entre os teus irmãos (…), não endurecerás o teu coração e não fecharás a tua mão ao irmão necessitado. Abre-lhe a tua mão, empresta-lhe sob penhor, de acordo com a sua necessidade, aquilo que lhe faltar. (…) Deves darlhe, sem que o teu coração fique pesaroso; porque, em recompensa disso, o Senhor, teu Deus, te abençoará em todas as empresas das tuas mãos. Sem dúvida, nunca faltarão pobres na terra» (Dt 15, 7-8.10-11). E no mesmo cumprimento de onda se coloca o apóstolo Paulo, quando exorta os cristãos das suas comunidades a socorrer os pobres da primeira comunidade de Jerusalém e a fazê-lo «sem tristeza nem constrangimento, pois Deus ama quem dá com alegria» (2 Cor 9, 7). Não se trata de serenar a nossa consciência dando qualquer esmola, mas antes contrastar a cultura da indiferença e da injustiça com que se olha os pobres.

Neste ponto, faz-nos bem recordar as palavras de São João Crisóstomo: «Quem é generoso não deve pedir contas do comportamento, mas somente melhorar a condição de pobreza e satisfazer a necessidade. O pobre só tem uma defesa: a sua pobreza e a condição de necessidade em que se encontra. Não lhe peças mais nada; mesmo que fosse o homem mais malvado do mundo, se lhe vier a faltar o alimento necessário, libertemo-lo da fome. (…) O homem misericordioso é um porto para quem está em necessidade: o porto acolhe e liberta do perigo todos os náufragos, sejam eles malfeitores, bons ou como forem. Aos que se encontram em perigo, o porto acolhe-os, coloca-os em segurança dentro da sua enseada. Também tu, portanto, quando vês por terra um homem que sofreu o naufrágio da pobreza, não o julgues, nem lhe peças conta do seu comportamento, mas liberta-o da desventura» (Discursos sobre o pobre Lázaro, II, 5).

9. É decisivo aumentar a sensibilidade para se compreender as exigências dos pobres, sempre em mutação por força das condições de vida. Com efeito, nas áreas economicamente mais desenvolvidas do mundo, está-se menos predisposto hoje que no passado a confrontar-se com a pobreza. O estado de relativo bem-estar ao qual se habituaram torna mais difícil aceitar sacrifícios e privações. Está-se pronto a tudo só para não ficar privado daquilo que foi fruto de fácil conquista. Deste modo, cai-se em formas de rancor, nervosismo espasmódico, reivindicações que levam ao medo, à angústia e, nalguns casos, à violência. Este não é o critério sobre o qual construir o futuro; também estas são formas de pobreza, para as quais não se pode deixar de olhar. Devemos estar abertos a ler os sinais dos tempos que exprimem novas modalidades de ser evangelizadores no mundo contemporâneo. A assistência imediata para acorrer às necessidades dos pobres não deve impedir de ser clarividente para atuar novos sinais do amor e da caridade cristã como resposta às novas pobrezas que experimenta a humanidade de hoje.

Faço votos de que o Dia Mundial dos Pobres, chegado já à sua quinta celebração, possa radicarse cada vez mais nas nossas Igrejas locais e abrir-se a um movimento de evangelização que, em primeira instância, encontre os pobres lá onde estão. Não podemos ficar à espera que batam à nossa porta; é urgente ir ter com eles às suas casas, aos hospitais e casas de assistência, à estrada e aos cantos escuros onde, por vezes, se escondem, aos centros de refúgio e de acolhimento… É importante compreender como se sentem, o que estão a passar e quais os desejos que têm no coração. Façamos nossas as palavras inflamadas do Padre Primo Mazzolari: «Gostaria de pedir-vos para não me perguntardes se existem pobres, quem são e quantos são, porque tenho receio que tais perguntas representem uma distração ou o pretexto para escapar duma específica indicação da consciência e do coração. (…) Os pobres, eu nunca os contei, porque não se podem contar: os pobres abraçam-se, não se contam» (Revista «Adesso», n.º 7, 15 de abril de 1949). Os pobres estão no meio de nós. Como seria evangélico, se pudéssemos dizer com toda a verdade: também nós somos pobres, porque só assim conseguiríamos realmente reconhecê-los e fazê-los tornar-se parte da nossa vida e instrumento de salvação.

Roma, São João de Latrão, na Memória de Santo António, 13 de junho de 2021.
Francisco

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